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sexta-feira, 17 de março de 2023

Assumindo a responsabilidade no processo terapêutico

Não é fácil assumir responsabilidades. Com o passar dos anos, elas aumentam, se acumulam e aí só temos a opção de encará-las. Muitas vezes é desesperador, pois nos vemos perdidos.

Algumas responsabilidades não podem ser transferidas ou delegadas aos mais próximos. Um exemplo: mudança em hábitos alimentares! Você pode se consultar com um médico, um nutricionista e então passar a seguir um cardápio personalizado. Você delegou esse serviço a outra pessoa, mas se alimentar de acordo com o que foi sugerido só depende de você! Essa é a sua responsabilidade no processo. Não existe possibilidade de ser uma pessoa saudável se você não fizer a sua parte. O protagonista de sua história é você! Outras pessoas irão lhe auxiliar, aconselhar, ajudar, mas você precisará trilhar o caminho com seus próprios pés.

Em consultas, não raramente, vejo que existe uma grande expectativa. Me sinto feliz quando recebo alguém que está disposto a mudar, que se interessa pela terapia, mas colocar toda a responsabilidade pela sua vida nas mãos de outra pessoa não é bom. O meu trabalho consiste em ouvir, captar cada informação da maneira mais sensível possível e entender a causa daquele problema. Após isso, com base em tudo o que estudei e experienciei, planejo e traço a rota do tratamento. Ter paciência e seguir as orientações é essencial para que os resultados apareçam. Sua participação ativa é fundamental! E isso é válido para qualquer outra coisa em sua vida. Seja para fazer exercícios em uma academia (com um personal lhe auxiliando) ou aprender um novo idioma.

A terapia não é uma fórmula mágica e, geralmente, problemas crônicos têm tratamento demorado. O problema se acumulou, logo, precisaremos de tempo para resolvê-lo. Tenha calma, não desista! Melhorar, ser mais feliz e saudável é totalmente possível e, acredite em mim, você merece! Vamos tentar isso juntos? Se você está aqui e decidiu assumir a responsabilidade de mudar para melhor, veja esse texto que escrevi com algumas dicas interessantes: dicas para melhorar sua energia.

Caso precise de apoio, você poderá me escrever em: bfelipe.psi@gmail.com

sábado, 11 de março de 2023

Como acabar com o ciúme que sinto da minha namorada?

Já faz um tempo que recebi essa pergunta no Instagram, mas como é um assunto que exige um pouco mais de profundidade, resolvi escrever um texto.

Esse tema é bem interessante, já que fala de algo que nos é comum: o possuir. O ciúme está diretamente ligado a nossa ideia do “ter”. Nós sentimos ciúme de algo/alguém que julgamos nos pertencer (mesmo que o objeto do ciúme não tenha qualquer relação conosco).

Quando nos sentimos inseguros, detectamos ameaças em todos os locais. Cada pessoa, cada gesto, ação ou tentativa que o outro faça de ter um mínimo de privacidade, já nos dá o alerta de perigo. Qualquer um pode “roubar” o nosso lugar no coração e na vida daquela pessoa que tanto estimamos.

“Quem ama, cuida”

É verdade. Em geral, quem ama também costuma cuidar. Apesar de carinhosa, essa frase é um pouco perigosa e muitas vezes é usada para justificar algumas atitudes que não são saudáveis. O sentimento de posse e insegurança está longe do amor e, quanto mais alimentamos o ciúme, menos atenção damos aos bons sentimentos. Cuidar, amar e se preocupar é super positivo, mas tenha cuidado para não sufocar, prender ou privar o ser amado.

Como amenizar o ciúme

– Segurança! Todos nós somos seres de valor e temos nossas qualidades. O problema é que muitas vezes não enxergamos isso. Nos comparamos, nos sentimos inferiores, menores, focamos na autocrítica em demasia… Para trabalhar a segurança, faça uma autoanalise, reconheça o que lhe agrada. Liste pontos que você considera que sejam diferenciais. Trabalhe para melhorar o que VOCÊ considera um problema e busque conviver bem com aquilo que você ainda não se sente pronto para modificar. Exercite isso.

– Relacionamentos de confiança. Esse é um ponto muito, muito importante! Como ninguém pode exigir confiança (é algo que se constrói com o tempo), procure motivos para confiar na sua parceira(o). Observe, analise os padrões de comportamento das pessoas com quem você se relaciona e reflita sobre isso. Pense se existe uma razão para que você se sinta inseguro(a). Houve traição? Isso foi verdadeiramente superado? Você se sente valorizado(a)? Há diálogo? Há colaboração? Críticas são constantes? Você se sente ameaçado(a) quando qualquer pessoa se aproxima do ser amado? Além da análise, note se a sua percepção do outro não é supervalorizada. É fundamental entender a outra pessoa como ser humano passível de erros, possuidor de defeitos e qualidades, assim como você.

– Conecte-se. O diálogo, as demonstrações de carinho, admiração, reconhecimento e zelo são essenciais para manutenção de toda e qualquer relação. A proximidade cria intimidade e conexão, portanto, gera estabilidade e confiança.

– Livre-se da paranoia. Alguns relacionamentos dão certo por muito tempo, outros por pouco e alguns nem chegam a começar. Isso faz parte da vida e é necessário aprender a lidar com essas possibilidades. Gastar tempo e energia em algo que lhe faz mal e lhe deixa triste, apenas irá atrasar sua vida. Não deixe que o outro seja o protagonista da sua história! Se você passa mais tempo se preocupando com o que o parceiro está fazendo (e esquece de si), a relação não está saudável.

– Tenha um propósito de vida. Faça atividades prazerosas e úteis. Se dedique a cursos que tenham a ver com você e cogite fazer trabalho voluntário. Faça algo que lhe dê motivação e realização. Quais são suas metas e sonhos? Realizar algo para si é uma excelente maneira de tirar o foco do ser amado. Seja uma pessoa produtiva.

– O passado. É comum que um histórico de relacionamentos ruins acabe afetando o relacionamento atual, pois os traumas não foram devidamente trabalhados e tratados. Reflita sobre a repetição de padrão em suas relações.

– Faça terapia! Essa é a melhor forma de entender a raiz do ciúme, de identificar de onde vem esse sentimento, de trabalhar as inseguranças, o medo de rejeição, a autoimagem, entender a forma como você se comunica com sua parceira(o) e traçar estratégias para se sentir bem.

– Divirta-se! O que você gosta de fazer nos momentos de folga? Não vale falar que é estar ao lado da namorada(o)! rs. O que lhe dá prazer? Dançar? Ler um livro? Conversar com amigos? Jogar baralho? Ir ao cinema? Então faça isso! Tire momentos para se descobrir e deixe o outro aproveitar alguns momentos com outras pessoas também. Com isso, você trabalha o autoconhecimento, segurança e ainda se distrai. Um relacionamento “arejado” é muito mais leve e feliz.

Resumindo:

Para vencer o ciúme, busque o autoconhecimento e segurança. Tente se relacionar com pessoas que te façam bem e que se mostrem confiáveis. Fortaleça seu vínculo com essas pessoas, para que você tenha total liberdade para ser quem você é e, também, para assegurar ao outro que ele poderá ser honesto e verdadeiro contigo. Assim se constrói uma vida tranquila e sem ciúme.

Se, mesmo seguindo estes conselhos, você ainda não consegue confiar na outra pessoa ou está vivendo em um relacionamento abusivo (com alguém que te fere e deprecia), talvez seja a hora de seguir em frente e deixar essa pessoa nociva em seu passado. Claro que nem sempre isso é fácil, mas o meu papel aqui é te ajudar.

Espero que você tenha gostado e que esse texto tenha sido de alguma ajuda. Caso você queira que algum tema específico seja abordado, dê sua sugestão na área de comentários.

segunda-feira, 6 de março de 2023

Falando um pouco sobre Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

Como alguns de vocês já sabem, a minha abordagem terapêutica é a TCC. Apesar de ser uma abordagem bastante conhecida, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre ela. Hoje resolvi explicar melhor como essa terapia funciona.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica que se concentra na relação entre os pensamentos, sentimentos e comportamentos de uma pessoa. A TCC é baseada na ideia de que nossos pensamentos afetam nossos sentimentos e comportamentos, e que mudar nossos pensamentos pode ajudar a mudar nossos comportamentos e emoções.

Aqui estão alguns conceitos e técnicas chave da TCC:

Identificação de pensamentos negativos: a TCC ensina os pacientes a identificar seus padrões de pensamento negativos ou distorcidos, como pensamentos catastróficos, auto-críticas ou generalizações. Esses pensamentos podem levar a sentimentos negativos e comportamentos disfuncionais.

Reestruturação cognitiva: uma vez que os padrões de pensamentos negativos são identificados, o terapeuta ajuda o paciente a desafiar e mudar esses pensamentos para algo mais positivo e realista. Essa técnica é chamada de reestruturação cognitiva.

Exposição: a TCC frequentemente envolve a exposição gradual a situações ou objetos que provocam ansiedade ou medo, com o objetivo de reduzir a resposta emocional negativa.

Habilidades comportamentais: a TCC ensina habilidades comportamentais específicas para ajudar os pacientes a lidar com problemas emocionais, como habilidades de resolução de problemas, habilidades de comunicação, habilidades de relaxamento e habilidades de assertividade.

Monitoramento do progresso: durante a terapia, os pacientes são encorajados a monitorar seu progresso e avaliar suas emoções e comportamentos em relação aos objetivos estabelecidos.

A TCC é frequentemente usada para tratar transtornos de ansiedade, depressão, transtornos alimentares, transtornos de personalidade, dependências e muitos outros problemas emocionais e comportamentais. A TCC é uma abordagem baseada em evidências e é amplamente reconhecida como uma terapia eficaz para muitos problemas de saúde mental.

Espero que esse post tenha te ajudado a entender melhor a TCC. Caso você tenha alguma dúvida, sinta-se livre para colocá-la nos comentários.